O gostinho de ter um importado de luxo, ainda que usado
Luís Perez
Uma bela pauta – com a qual me identifico – e não um lançamento de automóvel. Essa é a capa do Jornal do Carro do Estadão desta quarta (26), que aborda a realização do sonho de ter um importado de luxo desde que o compre usado.
Tive um Mercedes-Benz C 180 por cerca de um ano. Realizei o sonho de adquirir um veículo com a marca da estrela e esse que considero o melhor automóvel dentre todos do mercado – para quem gosta de dirigir. E não é porque a Mercedes anuncia no Carpress…
Mas o repórter Thiago Lasco toca exatamente nos pontos que fizeram com que eu passasse o veículo adiante: custos de manutenção e seguro. Raposa velha de seguro, majorei o valor da franquia para R$ 10 mil como forma de baixar o custo do prêmio.
Meu raciocínio era: saio pouco com meu Mercedes, uso mais carros de teste, e a probabilidade de acontecer um acidente é pequena. Dito e feito. Nunca tive de desembolsar essa grana de franquia porque, graças a Deus, não aconteceu nenhum acidente.
Contudo a decisão de vendê-lo veio na primeira revisão. Quase nada para fazer. Ainda assim, precisei desembolsar quase R$ 3.000. Isso em seis meses, rodando pouquíssimo. Decidi que era hora de me desfazer daquela maravilha de sedã – exatamente o da geração anterior, como a do personagem da capa do JC.
Doer no coração, doeu. Mas pelo menos tive o gostinho de ter tido um Mercedes…