Empurroterapia, ela ainda existe…
Luís Perez
As fabricantes de automóveis criaram as revisões com preços fixos sobretudo para acabar com a bandalheira de cada concessionária cobrar o que bem entende ou praticar a famosa empurroterapia – cobrar a mais por serviços que não teriam de ser feitos. As que mais se empenharam nessa prática foram as newcomers, pela fama de careiras na manutenção.
Pois bem. Estou hospitalizado para tratar problemas de saúde e pedi que meu pai levasse meu Volkswagen up! TSI para a primeira revisão na concessionária Amazon da avenida Sumaré (zona oeste de São Paulo), o que ocorreu neste sábado (22).
A primeira revisão é aos seis meses ou 10 mil quilômetros (e olha que o carro está abaixo dos 2.000…). Ou seja, é para ser feita por tempo – sob pena de perder a garantia de três anos.
E não é que o “consultor técnico” cobrou R$ 350 pela revisão que deveria custar exatos R$ 258!? Um bujão de escoamento, um anel de vedação, filtro de óleo, de combustível e quatro litros de óleo. A mão de obra não é cobrada.
Foi quando o “consultor” disse que teria de fazer uma “limpeza geral” no motor (sabe-se lá o que isso quer dizer), cobrando R$ 92 a mais. Agora pergunto: vale a pena se “queimar” por causa de R$ 92? Imagine a quantos conhecidos vou recomendar que não faça serviços nessa concessionária que cobra mais do que deveria… Meu pai tentou reclamar na hora, mas o vendedor, ops, “consultor” insistiu e ele acabou pagando.
Quando soube do ocorrido, liguei para reclamar. Depois entrei no site, enviei uma mensagem eletrônica. Relatei o ocorrido no Facebook da autorizada. Já ia recorrer a um site de reclamações quando ligaram-me dizendo que vão reembolsar o valor cobrado a mais na segunda (24). Mas fica uma constatação (empurroterapia ainda existe) e uma pergunta (vale a pena?).
PS – Estou à disposição da Amazon para acrescentar o ''outro lado'' a este post.