Blog do Luís Perez

VW reafirma importância do Gol; confira cronologia
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Luís Perez

Prestes a lançar uma reformulação do Gol (leia aqui), a Volkswagen começa a soltar em “pílulas” material em que ressalta a importância do modelo para a marca e para a indústria automobilística brasileira.  Tendo perdido a liderança para o Fiat Palio em 2014, o mote da empresa é que o modelo é o mais vendido, produzido e importado na história do Brasil.

Sua família formada também pelo sedã Voyage, pela picape Saveiro e pela perua Parati supera 11 milhões de unidades produzidas. São 7,8 milhões de Gols, 1,4 milhão de Voyages, 1,1 milhão de Saveiros e 925 mil Paratis. Mais de 1,3 milhão de unidades foram exportadas para 66 países.

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A seguir, um histórico do Gol
1980: nasce o Gol, como substituto do Fusca
1982: formada uma família, com Voyage, Parati e Saveiro
1984: ganha a versão esportiva GT
1987: assume a liderança de vendas no Brasil
1988: é o primeiro carro com injeção eletrônica no país (Gol GTI)
1994: lançado o Gol “Bolinha”, sua segunda geração
1999: modelo é renovado na terceira geração
2001: com 3,2 milhões de unidades, Gol ultrapassa vendas do Fusca
2003: primeiro carro flex da indústria brasileira
2005: lançada a quarta geração, com linhas mais limpas
2008: modelo é totalmente renovado em sua quinta geração
2013: modelo alcança 27 anos consecutivos na liderança, mas a perde para o Fiat Palio
2015: líder na Argentina, modelo completa 35 anos


Anúncio do Kicks lembra o do EcoSport há quatro anos
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Luís Perez

Parece um remake. Em um 4 de janeiro, só que há quatro anos, a Ford anunciava que o EcoSport se tornaria um veículo global. Ou seja, seria produzido em diversos países, sobretudo os então na moda “emergentes”. O carro só chegaria ao mercado em setembro do mesmo ano.

Hoje foi a vez de a Nissan anunciar que produzirá um modelo global no Brasil (leia aqui). Será o Kicks, já mostrado como conceito em São Paulo há pouco mais de um ano e em Buenos Aires, no meio do ano passado.

O porquê do anúncio tão cedo no ano? No caso da Ford, porque o carro seria mostrado naquele dia na Índia, no Salão de Nova Déli. Desta vez foi a vinda de Carlos Ghosn ao Brasil.

Para estrear, o Kicks promete demorar menos tempo do que o Eco. É aguardado para agosto, quando acontecem os Jogos Olímpicos Rio-2016.

Reportagem sobre o anúncio do (então) novo EcoSport você pode ler aqui.


Audi A3 Sedan nacional custa a partir de R$ 99.990
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Luís Perez

O Audi A3 Sedan TFSI Flex chega às concessionárias da marca no final do mês custando a partir de R$ 99.990. Esse é o preço da versão Attraction, enquanto a Ambiente, mais sofisticada, sairá por R$ 109.990. Os preços foram publicados na edição desta quarta (11) do “Jornal do Carro”.

Primeiro Audi A3 Sedan nacional, pintado por Eduardo Kobra

Primeiro Audi A3 Sedan nacional, pintado por Eduardo Kobra

O modelo está sendo lançado nesta semana, e os preços ainda não haviam sido divulgados. Nesta terça (10), foi inaugurado um painel na esquina da Paulista com a Consolação, região central de São Paulo, em homenagem a Ayrton Senna (leia aqui).


Ah, o cheirinho de carro novo…
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Luís Perez

Marca que já virou sinônimo de cheirinhos para carro, a Glade acaba de anunciar que será a nova patrocinadora do FC Barcelona. Como reconhecimento dessa parceria de um ano, a marca lançou uma linha exclusiva de produtos do clube espanhol.

O anúncio foi feito no estádio do Maracanã, com direto às presenças de Stephane Reverdy, presidente da SC Johnson Brasil, e Laurent Colette, diretor comercial do Barça. Para esclarecer, Glade é a marca de aromatizadores de ambientes da SC Johnson.

Fui chamado como blogueiro automotivo para participar ainda de uma mesa-redonda mediada pelo apresentador Alex Escobar, ao lado do ex-jogador Belletti e do ator e diretor Márcio Garcia. O tema era cheiros, ou melhor, a verdadeira “viagem” que nos provocam os diferentes tipos de cheiros, como o feijãozinho caseiro da avó.

Eu, Márcio Garcia e Belletti, durante mesa-redonda

Eu, Márcio Garcia e Belletti, durante mesa-redonda

Da minha parte, claro que não poderia deixar de abordar o cheiro de carro novo, que remete a conquista, a vitória, sobretudo quando se batalhou para comprar um carro que tanto sonhou. No passado, dizia-se “Ah, mas esse cheiro faz mal”. Hoje não é bem assim. Logo a indústria automobilística notou a importância de criar equipes para trabalhar os cheiros do carro de uma forma muito próxima ao que fazem as fábricas de perfume.

Assim foram criados os “nose teams”, os “times de narizes”. A Audi, por exemplo, tem o seu há 30 anos. São pessoas dedicadas a cheirar cada cantinho do habitáculo, além de peças e outros componentes, fazendo combinações que criam um verdadeiro coquetel que remetem os ocupantes do veículo às emoções.

Esse profissional, conhecido como “osmólogo”, é proibido de tomar café e chupar balas de hortelã durante o expediente. Também é uma exigência ser vacinado contra gripe.

E muita gente pensando que cheiro de carro novo é mero acaso…


Eu não nasci de óculos, eu não era assim…
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Luís Perez

Fiquei muito surpreso ao ser convidado pela Zeiss, como blogueiro, a vir até Berlim para testar lentes de óculos. Isso mesmo! Os testes a que estou acostumado são os de carro. Nem sequer usava óculos! Tenho astigmatismo em um grau bem leve, coisa de 0,75 na vista direita e 0,50 na esquerda, de modo que o oftalmologista já me disse que o uso é opcional.

A Zeiss é conhecidíssima, sobretudo por fotógrafos, amantes de imagens deslumbrantes. No entanto, a empresa faz muito mais do que isso. Eu nunca havia me ligado em marcas de lentes. Depois de escolher a armação e passar a receita atualizada, recebi meu par de óculos ainda no Brasil, no aeroporto, prestes a embarcar para a Alemanha. Tirei para viajar e tornei a colocá-los nesta terça (6), o dia intensivo de testes no desativado aeroporto Tempelhof.

Não, não estou sendo remunerado para falar bem das lentes. Tampouco para postar (e olha que postei muito!) detalhes da viagem nas redes sociais. Só o fiz porque foi o combinado com a empresa, como blogueiro e viciado em redes sociais que sou. Confesso que me senti desconfortável com os óculos. Falta de costume.

Mas, pouco mais de uma hora depois de estar usando óculos, dei conta de que, apesar de uma deficiência bem leve, passei a enxergar bem melhor. Não mudou minha vida como mudou a de minha filha, Júlia, 7, que tem oito graus de hipermetropia. Porém mostrou que a experiência de conduzir pode ser aperfeiçoada.

Testes na pista mostraram eficácia nas novas lentes

Testes na pista mostraram eficácia nas novas lentes

Logo eu, que simplesmente não usava óculos!

Logo eu, que simplesmente não usava óculos!

As situações a que fomos submetidos, sobretudo nos testes de direção defensiva na pista (e olha que foram emocionantes…), conduzidas por uma equipe especializada da Mercedes-Benz, serviram para mostrar a que vieram as novas lentes. Elas tornam a visão mais nítida, tanto dentro do habitáculo quanto na estrada, diminuem os efeitos do ofuscamento provocado pelo farol de um carro em sentido contrário e amenizam a falta de luminosidade (a reportagem pode ser lida aqui).

Ao final do dia, fiquei convencido de que vale a pena pensar em detalhes assim para aumentar a segurança no trânsito.

#ZEISSDriveSafe #CarpressEmBerlim #BlogDoLuisPerez #SegurançaABordo #Carpress #Presstrip


O extintor opcional e o Mustang de William Bonner
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Luís Perez

Na última semana o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) determinou que o uso do extintor de incêndio no veículo deixa de ser obrigatório. Isso pouco mais de oito meses após o mesmo órgão decidir a troca do extintor de BC para ABC (basicamente uma denominação para o tipo de material inflamável).

O uso do equipamento pode ser útil, mas para quem sabe manuseá-lo. Pesquisas mostram que, no caso de um incêndio no carro, muito provavelmente o que a pessoa vai fazer é sai correndo e não tentar apagar o fogo. Isso causava certo transtorno com veículos importados de países que não tinham essa determinação.

William Bonner e seu Ford Mustang antigo

William Bonner e seu Ford Mustang antigo

Mas nem todos sairiam correndo. O jornalista William Bonner tem um Ford Mustang antigo (tem até placa preta, que garante sua originalidade) e afirmou: “Eu ando com um extintor para não dar mole”. Sim, mas é exceção. Ele treinou para usá-lo – o que, vamos combinar, ninguém faz. Seu porte deve mesmo ser facultativo.

Quem não se lembra do famigerado kit de primeiros socorros do final dos anos 90? Pois bem. Caso alguém seja ferido, esteja com uma fratura etc., o melhor é esperar socorro médico ou paramédico, mas auxílio especializado.

Assim como o extintor, muitos equipamentos devem deixar de pesar no carro, até para economizar combustível e emitir menos poluentes. Mas isso já é outra história.


Por que morte de modelo causou mais comoção que de criança e aposentado?
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Luís Perez

No dia 16 de agosto, um menino de nove anos foi atropelado em uma ciclovia na avenida Bento Guelfi, em São Mateus (zona leste de São Paulo) e morreu. No dia seguinte, o aposentado Florisvaldo Carvalho da Rocha, 78, foi atropelado por um ciclista sob o Minhocão (região central) e também morreu. Depois a perícia constatou que ele atravessava fora da faixa e foi atingido não na ciclovia, mas na avenida mesmo.

Nenhuma dessas duas mortes, no entanto, causou tanta comoção quanto à da modelo gaúcha Mariana Livinalli Rodriguez, 25, atropelada por um ônibus quando pedalava na avenida Brigadeiro Faria Lima (zona oeste). Seu estado de saúde havia piorado nesta quinta (3) e ela morreu às 23h45. Ao que tudo indica, o motorista não infringiu nenhuma regra de trânsito e atravessou com o sinal aberto para ele.

Mas o que me chamou a atenção nessas três mortes é que o menino da periferia e o idoso do centro passaram batido. A modelo, não. Toda morte tem de ser lamentada, ainda mais trágicas como foram as três. Mas a da modelo produz um espetáculo midiático muito mais poderoso.

Gente que nunca se manifestou contra a implementação das ciclovias se mostra indignado nas redes sociais. Por quê? Porque ela era bonita? Porque morreu no mais nobre dos locais nas três mortes? Porque ainda tinha muita capa de revista e desfiles para abrilhantar? E dá-lhe foto dela, lindas fotos, pois era de fato uma linda moça…

Gente, na boa… Está na hora de todos serem iguais – e não de uns serem mais iguais que os outros –, na vida e na morte.


Volkswagen up! TSI é um acinte de tão econômico
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Luís Perez

Quando terminou o evento de lançamento do Volkswagen up! TSI, que consistiu em um test-drive entre Campinas e São Carlos (SP), havia combinado com a empresa que traria o carro para São Paulo para dirigi-lo por mais um tempo.

Costumeiramente esse tipo de prática é meio que um transtorno (e custoso) para o jornalista, pois o carro tinha tudo para chegar à capital paulista “no bafo” – isso se não fosse necessário abastecer no meio do caminho.

Pois sim. Ainda tive de passar em Campinas para deixar no hotel um jornalista de Salvador (BA) que iria pegar o voo naquela tarde em Viracopos. O carro chegou a São Paulo no final da tarde com mais de meio tanque!

Não estamos falando de um carro “mil” com desempenho manco. Que me perdoem alguns a expressão, mas o up! TSI é um demônio! Tem desempenho de carro 1.8 (101 cv com gasolina e 105 cv com etanol) e é extremamente leve.

Mesmo com essa performance, a economia não fica nada a dever à de carros 1.0. Não é à toa que ouvi dizer que a nova versão está sendo recordista de pedidos de compra na Volkswagen. É impossível não experimentá-lo sem querer ter um na garagem.

up! TSI abusa do direito de ser econômico e ainda anda bem

up! TSI abusa do direito de ser econômico e ainda anda bem

Dias depois do lançamento, saiu o ranking do Inmetro, que apontou que o modelo é o veículo com motor flex mais econômico do país. Está impressionado? Pois, além de rodar uns dias com o carro na cidade, tive um evento em Indaiatuba. Fui e voltei e o fundo do tanque, mesmo com etanol, passou longe.

Os números de consumo de combustível declarados conforme a portaria Inmetro 10/2012, que aplica fator de correção aos dados obtidos durante os testes, segundo norma NBR 7024, são de até 13,8 km/l na cidade e 16,1 km/l na estrada, quando abastecido com gasolina, e 9,6 km/l na cidade e 11,1 km/l na estrada com etanol. Ou seja, o carrinho tem mais de 800 quilômetros de autonomia.

É capaz de rodar até 13,5 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada, quando abastecido com gasolina, e até 9,2 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada, com etanol, valores obtidos conforme a norma NBR 7024 e corrigidos pela portaria 10/2012 do Inmetro.

É um acinte de tão econômico. Uma das mais gratas surpresas da indústria automobilística brasileira dos últimos tempos.

Leia a reportagem de lançamento aqui.


Cinto, obra de Maluf, também criou chiadeira
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Luís Perez

Está tudo errado!

Descobriram que diminuir a letalidade no trânsito passa por reduzir cada vez mais a velocidade das vias – vide os novos limites das marginais.

É mais fácil do que educar pedestres, que insistem em atravessar vias expressas por onde não se deve, em cobrar veículos com manutenção em dia ou mesmo fiscalizar quem anda não a 90 km/h, mas a 180 km/h, pouco se importando que o limite  caia para 20 km/h ou 10 km/h.

Tecnocratas evocam estatísticas que mostram que a letalidade é menor quanto mais baixa for a velocidade. Ora, então diminua-se a velocidade para 20 km/h de uma vez!

Maluf começou com a obrigatoriedade do cinto

Maluf começou com a obrigatoriedade do cinto

Em meio a tantas discussões ideológicas, por outro lado, pensei: e se de repente a iniciativa dá certo? E se o trânsito nas “vias expressas” paulistanas se tornarem de fato mais civilizado com a medida haddadiana!?

Esqueça partidos e figuras políticas. Motoristas com menos de 35 anos provavelmente não se lembram da gritaria que foi a obrigatoriedade do cinto de segurança na cidade.

À época se argumentava se tratar de uma medida desnecessária, que a velocidade baixa na cidade não justificaria o uso de cinto etc. etc. etc. As pessoas se sentiam “presas”. Meu pai colou um adesivo no volante: “Usar cinto”, para lembrar.

Quem era o prefeito que criou essa ideia idiota?

Era Paulo Maluf.