Cinto, obra de Maluf, também criou chiadeira
Luís Perez
Está tudo errado!
Descobriram que diminuir a letalidade no trânsito passa por reduzir cada vez mais a velocidade das vias – vide os novos limites das marginais.
É mais fácil do que educar pedestres, que insistem em atravessar vias expressas por onde não se deve, em cobrar veículos com manutenção em dia ou mesmo fiscalizar quem anda não a 90 km/h, mas a 180 km/h, pouco se importando que o limite caia para 20 km/h ou 10 km/h.
Tecnocratas evocam estatísticas que mostram que a letalidade é menor quanto mais baixa for a velocidade. Ora, então diminua-se a velocidade para 20 km/h de uma vez!
Em meio a tantas discussões ideológicas, por outro lado, pensei: e se de repente a iniciativa dá certo? E se o trânsito nas “vias expressas” paulistanas se tornarem de fato mais civilizado com a medida haddadiana!?
Esqueça partidos e figuras políticas. Motoristas com menos de 35 anos provavelmente não se lembram da gritaria que foi a obrigatoriedade do cinto de segurança na cidade.
À época se argumentava se tratar de uma medida desnecessária, que a velocidade baixa na cidade não justificaria o uso de cinto etc. etc. etc. As pessoas se sentiam “presas”. Meu pai colou um adesivo no volante: “Usar cinto”, para lembrar.
Quem era o prefeito que criou essa ideia idiota?
Era Paulo Maluf.