Blog do Luís Perez

Quando o assunto é carro, melhor é ser infiel mesmo

Luís Perez

Leio que a marca japonesa Subaru instituiu um “conselho consultivo” com clientes da marca (aqui). Não gostei da notícia. Ora, se há um segmento em que é saudável ser infiel, é no automotivo. Explico.

Imagine se eu comprasse um carro da marca X durante toda a vida – como há donos de Subaru que só trocam de carro por modelos dentro da marca há 30 anos, como diz a reportagem.

Se hoje sou dono de um Gol, só posso ter Volkswagen? E meu sonho de ter um Mercedes-Benz, um BMW, onde fica?

Eu mesmo me considero um consumidor infiel. Meus primeiros carros foram Fiat. Tive Chevrolet, Citroën, smart, Fiat de novo (Cinquecento) até chegar à geração anterior do Honda Civic.

Ah, como eu gostava do meu velho Honda Civic LXL...

Ah, como eu gostava do meu velho Honda Civic LXL…

Era um carro maravilhoso de guiar. Na atual geração, lançada no final de 2011, isso se perdeu. Imagine só se eu tivesse insistido em ficar na marca. Estaria infeliz.

Realizei o sonho de ter um Mercedes-Benz, um C 180, devidamente passado adiante em razão dos altos custos para mantê-lo (para os padrões de um simples jornalista). Mas realizei.

Conselho consultivo? Fidelidade a uma marca? Em nome da competição, esses conceitos não estão com nada.